EUA colocam 2.000 soldados em alerta de prontidão para lutar no Oriente Médio
Lloyd Austin, secretário de Defesa norte-americano, também informou a prorrogação da permanência na área do grupo de ataque do porta-aviões Gerald R. Ford
Após anunciar apoio a Israel e fornecer porta-aviões para o leste do Mediterrâneo para demonstrar isso, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ordenou a preparação de 2.000 soldados e várias unidades com capacidade para uma rápida mobilização no Oriente Médio, caso seja necessário, segundo informou o Pentágono em um comunicado. “Nenhuma decisão foi tomada sobre a mobilização de forças neste momento”, esclareceu o comunicado. Além disso, Austin aprovou a prorrogação da permanência na área do grupo de ataque do porta-aviões Gerald R. Ford, dentro da sexta frota operacional das forças navais dos EUA. Esse grupo de ataque estava no final do seu destacamento de seis meses, e o Pentágono decidiu prolongar sua estadia.
O anúncio acontece poucas horas antes de o presidente dos EUA, Joe Biden, viajar a Israel para mostrar o apoio americano ao país e também visitar a Jordânia para se reunir com líderes árabes e negociar a abertura de um corredor humanitário. Em uma entrevista coletiva em Tel Aviv, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, informou que Biden viajará a Israel para saber em primeira mão o que o país precisa “para defender o seu povo”. Biden também expressará, segundo Blinken, a solidariedade dos EUA e seu “forte compromisso” com a segurança do país após os ataques do Hamas, que levaram à declaração de guerra.
O líder norte-americano terá a missão de evitar que a escalada da guerra na Faixa de Gaza se alastre e gere um conflito mais amplo no Oriente Médio. Logo após este anúncio, o porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, detalhou que Biden se reunirá com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e outros responsáveis do seu governo, em uma viagem que terá “os parâmetros de medidas de segurança adequados”. O conflito no Oriente Médio, que acontece desde o dia 7 de outubro, já deixou mais de 4.400 mortos, sendo 3.000 em Gaza e 1.400 em Israel, além 199 sequestrados pelo Hamas e mais de um milhão de deslocados internos.
*Com agências internacionais
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